quinta-feira, 7 de abril de 2011

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Roma começo ao fim.

Introdução
A história de Roma Antiga é fascinante em função da cultura desenvolvida e dos avanços conseguidos por esta civilização. De uma pequena cidade, tornou-se um dos maiores impérios da antiguidade. Dos romanos, herdamos uma série de características culturais. O direito romano, até os dias de hoje está presente na cultura ocidental, assim como o latim, que deu origem a língua portuguesa, francesa, italiana e espanhola.

Origem de Roma : explicação mitológica
Os romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito de Rômulo e Remo. Segundo a mitologia romana, os gêmeos foram jogados no rio Tibre, na Itália. Resgatados por uma loba, que os amamentou, foram criados posteriormente por um casal de pastores. Adultos, retornam a cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade que seria Roma.

Origens de Roma : explicação histórica e Monarquia Romana (753 a.C a 509 a.C)
De acordo com os historiadores, a fundação de Roma resulta da mistura de três povos que foram habitar a região da Península Itálica: gregos, etruscos e italiotas. Desenvolveram na região uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris. A sociedade, nesta época, era formada por patrícios ( nobres proprietários de terras ) e plebeus ( comerciantes, artesãos e pequenos proprietários ). O sistema político era a monarquia, já que a cidade era governada por um rei de origem patrícia.
A religião neste período era politeísta, adotando deuses semelhantes aos dos gregos, porém com nomes diferentes. Nas artes destacava-se a pintura de afrescos, murais decorativos e esculturas com influências gregas.

República Romana (509 a.C. a 27 a.C)
Durante o período republicano, o senado Romano ganhou grande poder político. Os senadores, de origem patrícia, cuidavam das finanças públicas, da administração e da política externa. As atividades executivas eram exercidas pelos cônsules e pelos tribunos da plebe.
A criação dos tribunos da plebe está ligada às lutas dos plebeus por uma maior participação política e melhores condições de vida.
Em 367 a.C, foi aprovada a Lei Licínia, que garantia a participação dos plebeus no Consulado (dois cônsules eram eleitos: um patrício e um plebeu). Esta lei também acabou com a escravidão por dívidas (válida somente para cidadãos romanos).

Formação e Expansão do Império Romano
Após dominar toda a península itálica, os romanos partiram para as conquistas de outros territórios. Com um exército bem preparado e muitos recursos, venceram os cartagineses, liderados pelo general Anibal, nas Guerras Púnicas (século III a.C). Esta vitória foi muito importante, pois garantiu a supremacia romana no Mar Mediterrâneo. Os romanos passaram a chamar o Mediterrâneo de Mare Nostrum.
Após dominar Cartago, Roma ampliou suas conquistas, dominando a Grécia, o Egito, a Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e a Palestina.

Com as conquistas, a vida e a estrutura de Roma passaram por significativas mudanças. O império romano passou a ser muito mais comercial do que agrário. Povos conquistados foram escravizados ou passaram a pagar impostos para o império. As províncias (regiões controladas por Roma) renderam grandes recursos para Roma. A capital do Império Romano enriqueceu e a vida dos romanos mudou.

Principais imperadores romanos : Augusto (27 a.C. - 14 d.C), Tibério (14-37), Caligula (37-41), Nero (54-68), Marco Aurelio (161-180), Comodus (180-192).


Pão e Circo
Com o crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos. Esta massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de empregos e melhores condições de vida. Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de desempregados, o imperador criou a política do Pão e Circo. Esta consistia em oferecer aos romanos alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios ( o mais famoso foi o Coliseu de Roma ), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava esquecendo os problemas da vida, diminuindo as chances de revolta.

Cultura Romana
A cultura romana foi muito influenciada pela cultura grega. Os romanos "copiaram" muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega.
Os balneários romanos espalharam-se pelas grandes cidades. Eram locais onde os senadores e membros da aristocracia romana iam para discutirem política e ampliar seus relacionamentos pessoais.
A língua romana era o latim, que depois de um tempo espalhou-se pelos quatro cantos do império, dando origem na Idade Média, ao português, francês, italiano e espanhol.
A mitologia romana representava formas de explicação da realidade que os romanos não conseguiam explicar de forma científica. Trata também da origem de seu povo e da cidade que deu origem ao império. Entre os principais mitos romanos, podemos destacar: Rômulo e Remo e O rapto de Proserpina.

Religião Romana
Os romanos eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. A grande parte dos deuses romanos foram retirados do panteão grego, porém os nomes originais foram mudados. Muitos deuses de regiões conquistadas também foram incorporados aos cultos romanos. Os deuses eram antropomórficos, ou seja, possuíam características ( qualidades e defeitos ) de seres humanos, além de serem representados em forma humana. Além dos deuses principais, os romanos cultuavam também os deuses lares e penates. Estes deuses eram cultuados dentro das casas e protegiam a família.
Principais deuses romanos : Júpiter, Juno, Apolo, Marte, Diana, Vênus, Ceres e Baco.

Crise e decadência do Império Romano
Por volta do século III, o império romano passava por uma enorme crise econômica e política. A corrupção dentro do governo e os gastos com luxo retiraram recursos para o investimento no exército romano. Com o fim das conquistas territoriais, diminuiu o número de escravos, provocando uma queda na produção agrícola. Na mesma proporção, caia o pagamento de tributos originados das províncias.
Em crise e com o exército enfraquecido, as fronteiras ficavam a cada dia mais desprotegidas. Muitos soldados, sem receber salário, deixavam suas obrigações militares.

Os povos germânicos, tratados como bárbaros pelos romanos, estavam forçando a penetração pelas fronteiras do norte do império. No ano de 395, o imperador Teodósio resolve dividir o império em: Império Romano do Ocidente, com capital em Roma e Império Romano do Oriente (Império Bizantino), com capital em Constantinopla.
Em 476, chega ao fim o Império Romano do Ocidente, após a invasão de diversos povos bárbaros, entre eles, visigodos, vândalos, burgúndios, suevos, saxões, ostrogodos, hunos etc. Era o fim da Antiguidade e início de uma nova época chamada de Idade Média.

Alfabeto Grego

Por volta do século V a.C, a civilização e a cultura gregas já estavam havia muito estabelecidas. Hoje se sabe que o silabário ( conjunto de unidades que denotam sílabas e não letras individuais) pragamaticamente denominado Linear B codificava uma forma primitiva da língua grega. Por meio desse código, a civilização e a cultura ‘’gregas’’ podem ser reconstituídas, pelo menos desde a segunda metade do segundo milênio a.C. Foram descobertas tabuletas de argila registrando créditos e débitos das economias centralizadas nos palácios de Pilos, Tirinto e Miceneas, no Peloponeso ;Tebas, na Grécia Central ; e Caneia e Cnossos, em Creta. Outras localidades produziram vasilhames para óleo marcados com símbolo do Linear B.
Graças também aos notáveis esforços de arqueólogos de muitos países, e também da própia Grécia moderna, hoje sabemos muito sobre a primitiva civilização grega do final da Idade do Bronze ou ‘’era micênica’’ ( aproximadamente , de 1600 a 1100). O suficiente, por exemplo, para afirmarmos com confiança que essa civilização propiciou o ambiente e a inspiração original para as histórias de arojo heróico preservadas nas mais antigas obras – e obras-primas- da literatura européia : a Ilíada e a Odisseia, de Homero.
Contudo, a arqueologia também nos ensinou que existe um enorme vazio cultural e cronológico entre o mundo do palácio micênico, onde dominavam as figuras literárias de Agamenon e Aquiles , e o mundo da histórica polis, ou cidade grega, onde os épicos homéricos foram criados e acolhidos. Por exemplo, a escrita utilizada para transcrever os poemas homéricos transmitidos oralmente não foi o Linear B, uma escrita tão mal adaptada que transcrever o grego que os símbolos escritos foram complementados por ideogramas explicativos, ou símbolos de figuras. Em vez disso, usou-se um alfabeto tomado por empréstimo aos semitas fenícios do atual Líbano, brilhamentemente adaptado para poder representar completamente todos os sons gregos inclusive as vogais . Enquanto o Linear B era uma escrita de copistas, inventada e usada exclusivamente para manter registros, o alfabeto era potencialmente aberto ao uso de quase todos , homens e mulheres, de classe alta ou baixa, ricos ou pobres, livres ou escravos. Enquanto os escribas do Linear B eram funcionários palacianos, o alfabeto podia ser utilizado para um amplo espectro de expressões escritas, desde obras de literatura, como as de Homero, até leis e tratados públicos e correspondência pessoal.
O alfabeto grego se desenvolveu com numerosas variantes locais, provavelmente em alguma época do século VIII a.C ( 799-700). Foi nos transmitido pelos romanos, que por sua vez o receberam e adaptaram a partir de duas fontes italianas : dos etruscos da atual Tosca a ( que durante certo período do século VI A.c podem até mesmo ter controlado a cidade de Roma) e das cidades gregas da região que veio a ser conhecida como Magna Grécia- ou seja, as cidades situadas em volta da baía de Nápoles e no litoral sul, em torno do ‘’pé’’ da Itália. Na verdade, a atual palavra ‘’gregos’’ é uma versão bastante depreciativa, criada pelos romanos, da palavra Graeci ; até onde se sabe, os gregos sempre se denominaram ‘’helenos’’, embora não haja registro dessa palavra antes dos poemas de Arquíloco de Paros ( e mais tarde, de Tasos), no século VII a.C

Primeira postagem

Suponhamos que pudéssemos reservar uma passagem na máquina do tempo que nos transportasse para a Grécia antiga, no século V a.C (499-400). Ali, na Ágora ( centro cívico) de Atenas, poderíamos ter encontrado qualquer uma das seguintes personalidades : Alcibíades, Anaxágoras, Aristófanes, Aspásia, Cálias, Cleofon, Cléon, Cratino, Crésilas, Efialtes, Ésquilo, Êupolis, Eurípides, Fídias, Górgias, Heródoto, Hipódamo, Ictnio, Isócrates, Milcíades, Parrásio, Péricles, Platão, Polignoto, Protágoras, Sócrates, Sófocles, Tucídies, Xenofonte, Zêuxis. Nem todos eram atenienses natos, mas todos estimularam e também contribuíram de algum modo para a enorme energia liberada por esse pequeno caldeirão de cultura e política.
Hoje nem todas essas figuras são nomes familiares. Mas o que surpreende verdadeiramente é que muitas ainda o sejam, apesar das tentativas constantes de se depreciar - e diminuir- o estudos dos antigos clássicos gregos e romanos como assunto da educação atual.
Esses povos ajudaram a estabelecer os alicerces políticos, artísticos, culturais, educacionais, filosóficos e científicos sobre os quais se baseou desde então boa parte da civilização e da cultura ocidentais subsequentes . Não admira que o ateniense Platão, nascido no final do Século V, intistulasse de ''Sede de Sophia'' a gloriosa Atenas da sua juventude ( sophia significa, ao mesmo tempo, sabedoria téorica e prática). Não admira também que os próprios atenienses gostassem de ouvir elogios à sua Atenas '' coroada de violetas '' nas obras dos poetas líricos, como Píndaro de Tebas, e dos poetas trágicos, como Eurípides . Também não admira que no século XIX e no início do século XX, europeus e americanos da educação clássica achassem natural louvar '' a glória que foi a Grécia'' - na famosa expressão da Ode a Helena, de Edgar Allan Poe